segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Jazz Station - Bill Evans

Abençoados sejam aqueles que já tenham ouvido a sua própria alma através da música de outra pessoa. Foi inspirado por esse pensamento que produzi, escrevi e protagonizei (ufa!) o novo capítulo do Jazz Station sobre o pianista Bill Evans.

Com uma discografia imensa, Evans criou uma assinatura única no piano, uma marca indistinguível diante de todos os outros. Ao se aproximar de universos musicais complexos , sua maneira de interpretar uma melodia era suave e calma, o que não impedia o entusiasmo pela próxima nota ser mais brando que o anterior. Evans não tinha apenas o feeling característico do que depois foi chamado de jazz modal, mas também uma criatividade que o permitia improvisar com educação clássica, sua primeira formação com músico.

Certa vez ouvi alguém comparar a obra de Evans como o olhar através de um cristal e contemplar as luzes que vêem nele. Concordo, pois Bill provavelmente era o cristal e cada acorde era uma luz ou duas. Sem a ternura que simplificava sua técnica, talvez o jazz teria "apenas" um piano encorpado e furioso como o de Oscar Peterson ou o apanhador de sonhos melódico de Keith Jarret, um fã declarado de Evans.

Aqui fica o registro do tamanho da influência que Evans criou e a força fértil que tanto exprimia sem esforço.

Para baixar o podcast, clique na foto abaixo.


Best of Bill Evans - Bill Evans


ERRATA: Durante o podcast, me refiro ao álbum New Conversations With Myself, que não existe. O nome correto do trabalho a que me refiro é Further Conversations With Myself. Obrigado pela compreensão.

Músicas:

Nardis
Israel
Waltz for Debby
Midnight Mood
Someday My Prince Will Come
Spartacus Love Theme
Medley - Autumn In New York / How About You
The Two Lonely People
On a Clear Day

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